sexta-feira, 1 de março de 2019

Como vai a saúde financeira da sua empresa?


É por falta de planejamento e controle financeiro é que muitas empresas “fecham” nos primeiros anos de sua existência devido à falta de suporte financeira. É o controle financeiro que demonstrará se a situação e capacidade financeira da empresa poderão satisfazer suas obrigações e adquirir novos ativos ou investimentos a fim de atingir as metas e maximizar os lucros.

O administrador financeiro de hoje está mais ativamente envolvido com o desenvolvimento e implementação de estratégias empresariais que tem por objetivo o crescimento da empresa e a melhoria de sua posição competitiva, porém demais profissionais atuantes numa empresa mesmo que não possuindo pretensões de especializar na área financeira necessita possuir uma visão sistêmica das funções desta área, porque todos os gestores de uma empresa interagem com a gestão financeira para:

·         Justificar necessidades de contratação;
·         Negociar orçamentos operacionais;
·         Lidar com avaliações de desempenho financeiro;

Principais situações impactam no controle financeiro?

Atrasos nos recebimentos dos clientes - a empresa deve ter como rotina diária as análises dos recebimentos e propor ações que possam mitigar a recorrência de atrasos evitando inadimplências. Avaliação dos clientes e liberação de crédito e fundamental desde o momento da elaboração do contrato. O cliente também precisa ter liquidez para honrar seus pagamentos. Atrasos pontuais podem ocorrer em qualquer empresa, porém quando há reincidências é preciso avaliar e bloquear o fornecimento se for o caso, ou apenas liberar a venda após pagamento ser realizado, dentre outras.
Pagamentos de fornecedores á vista - pagamento de compras á vista pode ser vantajoso para a empresa que possui o controle financeiro eficaz e que já está em operação há mais tempo. Uma empresa em fase inicial se não tiver recursos disponíveis mesmo que a compra á vista gere descontos, para ela não seria vantajoso comprar a vista já que terá que obter recursos de terceiros, como empréstimos por exemplo. O ideal é negociar prazos de pagamentos superiores aos prazos de recebimentos que a empresa negocia com seus clientes. Já para uma empresa em fase mais avançada, avalie se a opção é atrativa e se houver disponibilidade que não comprometa o fluxo de caixa pode ser vantajoso. Independente da forma negociada importante manter os pagamentos em dia para evitar juros e bloqueio nos fornecimentos e demais medidas administrativas.
Aumento dos estoques – é importante não manter no almoxarifado estoques de produtos de baixa rotatividade. Avaliar antes da ocorrência da compra se a aplicação daquele material ou produto será direta. Existem empresas que possui itens estratégicos, que na sua falta interrompe sua produção ou comercialização. O estoque deve ser adequado de acordo com a produção e venda. Existem situações que podem ocorrer negociações de troca junto aos fornecedores e outros casos cabe busca de alternativas de comercialização destes itens de estoque a preço de custo. Inserir na rotina da empresa os Inventários, uma ferramenta de gestão que transmite segurança na informação destes estoques.
Empréstimos a longo prazo – as empresas podem recorrer empréstimos para financiar seu capital de giro ou recorrer a recursos próprios, porém, antes da captação deste recurso deve ser feito uma análise prévia para quais fins serão destinados e como serão pagos, taxas de juros, garantias, prazos, pois mesmo que seu negócio falhar, os pagamentos terão que ser realizados e caso haja falência, os credores possuem prioridades nos pagamentos.
Investimentos – todo e qualquer investimento deve ser submetido ás análises prévias das possibilidades e necessidades. Aquisições de novos ativos imobilizados tais como máquinas, equipamentos, construções, ampliações, melhoria no desempenho da produção da empresa, qualidade dos produtos, dentre outros, caso contrário, cabe à empresa avaliar se não caberia outra forma de investimento.
Aumento quadro pessoal próprio ou de terceiros – ao contratar mais funcionários é importante avaliar se foi previsto no orçamento empresarial do período com todos os valores envolvidos (FGTS, férias, 13º, impostos, contribuições, benefícios, etc.), além de recursos para execução das atividades caso não haja já que muitos casos o gasto não será temporário e a empresa precisará de mais recursos. De acordo com os critérios da empresa é ideal que seja feito uma simulação qual forma de contratação seria mais vantajosa.
Pagamentos de gastos pessoais com recursos da empresa – é um ponto de atenção que não deve ser praticado na empresa. É uma situação que pode parecer irrelevante, mas quando menos espera torna-se rotina que afetará o controle financeiro. É necessário ter contas bancárias separadas, pois afeta diretamente na apuração do lucro e sua distribuição. Além do empresário criar plano de ação para reduzir despesas sendo que a redução seria a eliminar esta prática.  A empresa só deve registrar e contabilizar gastos vinculados a sua operação com documentação emitida para seu CNPJ. Tal prática poderá chamar atenção do fisco e as consequências geram penalidades. Importante que os sócios acordem dentro da legalidade de retirada de recursos usando situações previstas em lei tais como:

a-) Pro -labore - quando além de sócio, este atua na empresa numa determinada função, ele recebe uma renumeração baseada no mercado pelo seu trabalho, porém deve ser levado em conta a capacidade da empresa. Existem regras especificas que serão abordas em outro tópico.
b-) Lucros e dividendos – na apuração do resultado da empresa havendo lucros são distribuídos entre os sócios.

Impostos Operações com mercadorias e serviços – é preciso que os faturamentos sejam tributados de acordo com a legislação vigente sem causar prejuízos ao fisco e à empresa. Existem benefícios fiscais previstos na legislação onde a empresa poderá reduzir sua carga tributária, por isso é importante traçar o planejamento tributário e a revisão dos procedimentos operacionais adotados. Média 30% referente ao faturamento são os impostos (ICMS, PIS, COFINS) além do IPI dependendo do tipo da empresa. Tais impostos refletem diretamente no fluxo de caixa caso a empresa não tem saldo a compensar. O saldo a compensar são oriundos dos créditos de impostos decorrentes das entradas de matéria-prima, insumos, materiais intermediários e materiais ou serviços empregados no processo produtivo da empresa. Este assunto será abordado em tópico especifico visto a diversas particularidades atribuídas ao tema.

O tema acima é apenas para que você pare um pouco e reflita sobre a saúde da sua empresa e caso queira mais alguma informação estaremos à disposição para assessorá-lo, avaliaremos os procedimentos adotados, estrutura atual e faremos propostas de ações corretivas e preventivas para que seu negocio tenha um controle financeiro seja transparente e eficaz. contato@agacontabil.com.br



Compartilhe:

2 comentários:

  1. Parabéns, Juliana Reis. Excelente artigo : )
    Em breve, entrarei em contato com vocês, em buscar de soluções contábeis para minha empresa.
    Aliás, é um projeto embrionário que está em fase de desenvolvimento...
    Precisarei realizar a abertura de CNPJ e Manutenção. Posso contar com vocês? : )
    Estou em Sorocaba, interior de SP.
    Forte abraço : )
    Carlos Ralsam

    ResponderExcluir