É
por falta de planejamento e controle financeiro é que muitas empresas “fecham”
nos primeiros anos de sua existência devido à falta de suporte financeira. É o
controle financeiro que demonstrará se a situação e capacidade financeira da
empresa poderão satisfazer suas obrigações e adquirir novos ativos ou
investimentos a fim de atingir as metas e maximizar os lucros.
O
administrador financeiro de hoje está mais ativamente envolvido com o
desenvolvimento e implementação de estratégias empresariais que tem por
objetivo o crescimento da empresa e a melhoria de sua posição competitiva,
porém demais profissionais atuantes numa empresa mesmo que não possuindo
pretensões de especializar na área financeira necessita possuir uma visão
sistêmica das funções desta área, porque todos os gestores de uma empresa
interagem com a gestão financeira para:
·
Justificar necessidades de contratação;
·
Negociar orçamentos operacionais;
·
Lidar com avaliações de desempenho
financeiro;
Principais
situações impactam no controle financeiro?
Atrasos
nos recebimentos dos clientes - a empresa deve ter como
rotina diária as análises dos recebimentos e propor ações que possam mitigar a
recorrência de atrasos evitando inadimplências. Avaliação dos clientes e
liberação de crédito e fundamental desde o momento da elaboração do contrato. O
cliente também precisa ter liquidez para honrar seus pagamentos. Atrasos
pontuais podem ocorrer em qualquer empresa, porém quando há reincidências é
preciso avaliar e bloquear o fornecimento se for o caso, ou apenas liberar a
venda após pagamento ser realizado, dentre outras.
Pagamentos
de fornecedores á vista - pagamento de compras á vista pode ser
vantajoso para a empresa que possui o controle financeiro eficaz e que já está
em operação há mais tempo. Uma empresa em fase inicial se não tiver recursos
disponíveis mesmo que a compra á vista gere descontos, para ela não seria
vantajoso comprar a vista já que terá que obter recursos de terceiros, como
empréstimos por exemplo. O ideal é negociar prazos de pagamentos superiores aos
prazos de recebimentos que a empresa negocia com seus clientes. Já para uma
empresa em fase mais avançada, avalie se a opção é atrativa e se houver
disponibilidade que não comprometa o fluxo de caixa pode ser vantajoso.
Independente da forma negociada importante manter os pagamentos em dia para
evitar juros e bloqueio nos fornecimentos e demais medidas administrativas.
Aumento
dos estoques – é importante não manter no almoxarifado
estoques de produtos de baixa rotatividade. Avaliar antes da ocorrência da
compra se a aplicação daquele material ou produto será direta. Existem empresas
que possui itens estratégicos, que na sua falta interrompe sua produção ou
comercialização. O estoque deve ser adequado de acordo com a produção e venda.
Existem situações que podem ocorrer negociações de troca junto aos fornecedores
e outros casos cabe busca de alternativas de comercialização destes itens de
estoque a preço de custo. Inserir na rotina da empresa os Inventários, uma
ferramenta de gestão que transmite segurança na informação destes estoques.
Empréstimos
a longo prazo – as empresas
podem recorrer empréstimos para financiar seu capital de giro ou recorrer a
recursos próprios, porém, antes da captação deste recurso deve ser feito uma
análise prévia para quais fins serão destinados e como serão pagos, taxas de
juros, garantias, prazos, pois mesmo que seu negócio falhar, os pagamentos
terão que ser realizados e caso haja falência, os credores possuem prioridades
nos pagamentos.
Investimentos
– todo
e qualquer investimento deve ser submetido ás análises prévias das
possibilidades e necessidades. Aquisições de novos ativos imobilizados tais
como máquinas, equipamentos, construções, ampliações, melhoria no desempenho da
produção da empresa, qualidade dos produtos, dentre outros, caso contrário,
cabe à empresa avaliar se não caberia outra forma de investimento.
Aumento
quadro pessoal próprio ou de terceiros – ao contratar mais
funcionários é importante avaliar se foi previsto no orçamento empresarial do
período com todos os valores envolvidos (FGTS, férias, 13º, impostos,
contribuições, benefícios, etc.), além de recursos para execução das atividades
caso não haja já que muitos casos o gasto não será temporário e a empresa
precisará de mais recursos. De acordo com os critérios da empresa é ideal que
seja feito uma simulação qual forma de contratação seria mais vantajosa.
Pagamentos
de gastos pessoais com recursos da empresa – é um ponto de atenção
que não deve ser praticado na empresa. É uma situação que pode parecer
irrelevante, mas quando menos espera torna-se rotina que afetará o controle
financeiro. É necessário ter contas bancárias separadas, pois afeta diretamente
na apuração do lucro e sua distribuição. Além do empresário criar plano de ação
para reduzir despesas sendo que a redução seria a eliminar esta prática. A empresa só deve registrar e contabilizar
gastos vinculados a sua operação com documentação emitida para seu CNPJ. Tal
prática poderá chamar atenção do fisco e as consequências geram penalidades.
Importante que os sócios acordem dentro da legalidade de retirada de recursos
usando situações previstas em lei tais como:
a-) Pro -labore - quando além de sócio, este
atua na empresa numa determinada função, ele recebe uma renumeração baseada no
mercado pelo seu trabalho, porém deve ser levado em conta a capacidade da
empresa. Existem regras especificas que serão abordas em outro tópico.
b-) Lucros e dividendos – na apuração do resultado da
empresa havendo lucros são distribuídos entre os sócios.
Impostos
Operações com mercadorias e serviços – é preciso que os
faturamentos sejam tributados de acordo com a legislação vigente sem causar
prejuízos ao fisco e à empresa. Existem benefícios fiscais previstos na
legislação onde a empresa poderá reduzir sua carga tributária, por isso é
importante traçar o planejamento tributário e a revisão dos procedimentos
operacionais adotados. Média 30% referente ao faturamento são os impostos
(ICMS, PIS, COFINS) além do IPI dependendo do tipo da empresa. Tais impostos
refletem diretamente no fluxo de caixa caso a empresa não tem saldo a
compensar. O saldo a compensar são oriundos dos créditos de impostos
decorrentes das entradas de matéria-prima, insumos, materiais intermediários e
materiais ou serviços empregados no processo produtivo da empresa. Este assunto
será abordado em tópico especifico visto a diversas particularidades atribuídas
ao tema.
O tema acima é apenas para
que você pare um pouco e reflita sobre a saúde da sua empresa e caso queira
mais alguma informação estaremos à disposição para assessorá-lo, avaliaremos os
procedimentos adotados, estrutura atual e faremos propostas de ações corretivas
e preventivas para que seu negocio tenha um controle financeiro seja
transparente e eficaz. contato@agacontabil.com.br
Parabéns, Juliana Reis. Excelente artigo : )
ResponderExcluirEm breve, entrarei em contato com vocês, em buscar de soluções contábeis para minha empresa.
Aliás, é um projeto embrionário que está em fase de desenvolvimento...
Precisarei realizar a abertura de CNPJ e Manutenção. Posso contar com vocês? : )
Estou em Sorocaba, interior de SP.
Forte abraço : )
Carlos Ralsam
Agradecemos o contato, estaremos a disposição.
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